
Destino cruel este nosso de rondar a cidade,
Fazendo o incompreendido trabalho que ninguém faz.
Seria sempre um passeio em uma barca de aço,
Se não houvesse tanta escassez de amor e de paz.
E, assim, orgulhamos do pano sagrado que nos veste; farda, sonho, paz social.
Tu, cipó forte a entrelaçar ao pé da serra de flores tão singelas,
Com o teu suor e teu sofrer fez florir e aumentar as margaridas amarelas.
Meu Deus, eu peço que me arranque ligeiro a vida,
E me volte ao pó que é lugar de todos nós,
Se algum dia eu precisar gritar por alguém e por vaidade ou medo eu perder a voz.
Se algum dia eu precisar gritar por alguém e por vaidade ou medo eu perder a voz.
No silêncio que faz agora os abutres,
Os medrosos, os covardes que vão junto a torcida
Esquartejaram-te e espalharam tua dignidade,
Ceifando assim tão cedo tua vida.
"Para que o mal se estabeleça, basta que os bons não façam nada."
(Cb. Edir - Batalhão Rotam)
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