Thursday, March 06, 2008

Mal do Vate


Ao ensejo do mesto auspício,
Enternecido com pranto e dolência,
Solva a endecha a pior das enfermidades.

A solitude versejada em prece;
Os anseios esmaecidos pelo tempo;
O pulsar de uma vida insossa, simplesmente.

A chama que mitiga, consome a substância;
Os sinos que badalam, não sucumbem ao exício;
O desenlace de uma existência ciméria, incongruente.

Eis o sentimento,
Cujo padecer é eterno,
Se não amou e foi amado.

Afortunados os que cultivam tamanha dádiva,
Pois desta alimentam-se os corações,
A suprema láurea de quem vive.

Amor,
Em teus braços quero dormir embalado,
Esperando a sina de todos os mortais!

[MAON]

1 comment:

Joyce Meine said...

Não sei qual delas é mais intensa..ou qual me faz refletir em maior grau;voar mais longe^^...essa é um primor,verdadeiramente...e é nítido o quão raro é seu dom*-*
Não canso de repetir a mim mesma que é uma dádiva enorme tê-lo conhecido^^até todo dia Dr.*-*
é seeeeempre um prazer incomensurável^^