Saturday, February 02, 2008

Louvor à Puerícia


A ti hei de confessar meus lamentos.
Auferido o fruto da tenra idade
Da vida, o que resta, a cruel verdade?
Dilacerando a alma em vãos tormentos.

Em versos cantarei meus sentimentos.
Dos anos dourados - quanta saudade!
Dos sonhos sonhados - doce vaidade!
Egrégio passado d'alvos momentos.

Quando, ao som do derradeiro suspiro,
Minha tristeza dissipar-se enfim,
Desejo reencontrá-la como outrora...

Incólume e cuja espera por mim,
Haverá de nos unir mesmo agora,
Ao afã de trazer a infância a que aspiro.

[MAON]

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