Eras a flor que emanava o perfume.
"Muguet Du Bonher" - o néctar dos deuses.
Algoz para muitos, inermes.
Pelas serras e sendas sertanejas, algures...
Teu nome ecoava em afável melodia.
Imarcescível criança, augusta mulher.
Ao despertar singelo do outono,
Aurora de outros equinócios,
Sulcar-te-iam o fruto intangível da pureza.
Tornaste o gáudio da Rua Guaicurus.
Aos homens - quimeras, blandícias, deleite.
Das mulheres - ciúmes, motejo, desdém.
Haveria quem negasse tamanho encanto?
Teus olhos realçavam o esplendor da noite,
Inflamando os corações inóxios.
Cativas almas, enlevadas, rogavam
Pelo amor de Afrodite na terra.
Partiste, contudo - doce e amarga ventura.
Dos anos findos, mínguam sóbrias lembranças.
E no silêncio plangente de Minas,
Um nostálgico suspiro por Hilda Furacão!
[MAON]
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